31 Mar
31Mar

1. Manifestações Críticas ao Regime:

  • Ministros do governo federal, sob a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, expressaram repúdio ao golpe militar de 1964, que instaurou uma ditadura de 21 anos no Brasil.
  • Ao menos sete ministros, incluindo Paulo Pimenta da Secretaria de Comunicação, emitiram mensagens nas redes sociais defendendo a democracia e condenando o autoritarismo.

2. Orientação de Lula e Cancelamento de Atos Alusivos:

  • Lula orientou os ministérios a não realizarem cerimônias ou eventos alusivos ao marco inicial da ditadura militar, considerando-o um assunto do "passado" que não deveria ser "remoído".
  • O Ministério dos Direitos Humanos cancelou um evento em memória das vítimas do regime por decisão do gabinete presidencial.

3. Repúdio à Ditadura e Defesa da Democracia:

  • Paulo Pimenta e outros ministros enfatizaram a importância de defender a democracia, destacando a derrota do ódio, intolerância e autoritarismo.
  • O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, solicitou a necessidade de sentir "ódio e nojo" da ditadura, ecoando as palavras de Ulysses Guimarães.

4. Mudança de Narrativa e Reconhecimento dos Danos:

  • A decisão de não celebrar o golpe militar por parte das Forças Armadas, sob a gestão de Lula e do ministro da Defesa José Múcio, indica uma mudança na narrativa oficial sobre o período da ditadura.
  • Essa postura reconhece os danos causados durante esse período sombrio da história brasileira, marcado por perseguições, torturas e assassinatos de opositores do regime.

5. Contexto da Ditadura Militar e Gestão Anterior:

  • A ditadura militar, que durou de 1964 a 1985, foi um período de restrições às liberdades civis, incluindo o fechamento do Congresso Nacional e a censura da imprensa.
  • Durante a gestão anterior, liderada por Jair Bolsonaro, houve uma postura mais elogiosa ao golpe militar e à ditadura, com textos divulgados pelo Ministério da Defesa com esse teor.

Conclusão: O posicionamento dos ministros do governo Lula em repudiar o golpe militar de 1964 e defender a democracia reflete uma mudança na abordagem oficial em relação ao período da ditadura militar, reconhecendo os danos causados e valorizando os princípios democráticos como fundamentais para a sociedade brasileira. 

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