A Polícia Federal anunciou na última sexta-feira o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras 16 pessoas pela associação criminosa e inserção de dados falsos no sistema de informações, em um caso que envolve a falsificação de certificados de vacinas contra a COVID-19. Entre os indiciados estão o tenente-coronel Mauro Cid e o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ).
Indiciados e crimes: Além de Bolsonaro, Cid e Reis, outros nomes foram considerados no processo. Dentre eles, destacam-se Gabriela Santiago Cid, esposa de Mauro Cid, e Luis Marcos dos Reis, sargento do Exército que integrava a equipe de Cid. Também foram citados profissionais da área da saúde, como o médico Farley Vinicius Alcântara e a enfermeira Camila Paulino Alves Soares, ambos envolvidos na emissão e inserção de dados falsos nos certificados de vacinação.
Reações e defesas: Após a divulgação do indiciamento, o advogado de Bolsonaro, Fabio Wajngarten, lamentou a divulgação da informação, mas optou por não comentar sobre o conteúdo do processo. Já Washington Reis, irmão do deputado Gutemberg Reis e atual secretário de Transportes do RJ, defendeu veementemente a inocência do parlamentar, classificando as acusações como “covardia” e “perseguição política”.
Próximos passos: O processo agora será encaminhado ao Ministério Público Federal, que decidirá se apresentará denúncia à Justiça ou arquivará a apuração. Os crimes de associação criminosa e inserção de dados falsos no sistema de informações acarretam penas que variam de 1 a 3 anos e de 2 a 12 anos de prisão, respectivamente.
Considerações finais: O indiciamento de figuras proeminentes como Jair Bolsonaro e o deputado Gutemberg Reis lança luz sobre as investigações em torno da falsificação de certificados vacinais, um tema sensível em meio à pandemia de Covid-19. A repercussão e desdobramentos desse caso certamente terão impacto não apenas no cenário político, mas também na percepção pública sobre a integridade dos processos de vacinação e no combate à corrupção.